tag:blogger.com,1999:blog-15286204650470973642024-03-05T17:59:48.052-08:00Marcelo RibasPolítica, Economia, Relações Internacionais, FilosofiaMarcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-40020657052595141832015-07-16T10:31:00.000-07:002015-07-16T10:43:19.905-07:00Uber - com desconto!!!
Segunda-feira experimentei o Uber, saindo do Aeroporto de Brasília. Baixei o aplicativo, fiz o cadastro e chamei o carro. Veio um Corolla, novinho, com água à disposição. O motorista dirigia com calma, sem a correria típica dos táxis. A comparação chega a ser absurda, pois normalmente o táxi é um veículo popular (Siena, Palio, Corsa, Onix), o motorista quer chegar o mais rápido possível e nem pergunta se você quer ligar o ar-condicionado.
O custo também é um diferencial, pois a corrida saiu por R$ 36, enquanto de táxi nunca gastei menos de RS 40. <br>
Resumindo: no Uber você tem um serviço superior pagando menos.
Quem quiser experimentar, ganhei esse código promocional (por ter sido a primeira viagem com o aplicativo), vale R$ 20 de desconto para um usuário novo:<h2>ns2njue</h2>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeWvr6ZL0lCEyn433b7_3jwrtA_fmROVXCYwNQV18YEbkwlyU7VwgSVd8Vxtm9UM2rxHb3DpHB4U1TulH2mThQv16AnQCAX3lBC4Ia_NJJBW1E2tFK6ekS7kjzjjoxp8fSxWs_dGmb_zA/s1600/uber-car.png" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeWvr6ZL0lCEyn433b7_3jwrtA_fmROVXCYwNQV18YEbkwlyU7VwgSVd8Vxtm9UM2rxHb3DpHB4U1TulH2mThQv16AnQCAX3lBC4Ia_NJJBW1E2tFK6ekS7kjzjjoxp8fSxWs_dGmb_zA/s320/uber-car.png" /></a>
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Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-39688362444465331632015-07-16T10:23:00.001-07:002015-07-16T10:26:40.545-07:00I'm back!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQDS3aeG7oFvaGu7eoo8lNujZJi8OEHVmGWYtlNPIYIZYt4_b326thIm-hkCv4n7qIut7O8dxjd43T0f1J5dKuc731LFre5O9BtbCN6mdNSxlG2qZw9bz01KbQO4vmVfMPOjQ_9WRAFaI/s1600/keep-calm-i-m-back-257x300.png" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQDS3aeG7oFvaGu7eoo8lNujZJi8OEHVmGWYtlNPIYIZYt4_b326thIm-hkCv4n7qIut7O8dxjd43T0f1J5dKuc731LFre5O9BtbCN6mdNSxlG2qZw9bz01KbQO4vmVfMPOjQ_9WRAFaI/s320/keep-calm-i-m-back-257x300.png" /></a>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-81048796324935082802013-02-13T08:19:00.002-08:002013-02-13T08:19:31.879-08:00How to say "daddy" in Portuguese!<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/HXQ76TYiLJ8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-67150859991775117502013-02-13T07:51:00.001-08:002013-02-13T07:52:32.134-08:00Amanda colocando os bonecos para dormir<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/n39OWP-jzg0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-87054925385953853082012-07-30T19:11:00.001-07:002012-07-30T19:12:45.147-07:00How to learn any languageGosto de idiomas, são portas para desvendar universos diferentes do que estamos acostumados. Um site interessante é o http://how-to-learn-any-language.com/. Nele há dicas para quem quer se aventurar nos mais diversos idiomas, métodos criativos de estudo e indicações de materiais interessantes. Recomendo fortemente!<br />
<div class="separator"style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRBZeAuqFsA6NcRFDWSjxO6R8LG5Y7o86js7MKAmmrWZ4a7EOmy3orz_zhIGQTeWZUEuxN3nu_5CnhsJmxyJezQr9R5eTUhQtImcECx8JVy57J-hZpincZhgdp_8WqeaMLwnRB2IVGq5c/s640/blogger-image-1756087408.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRBZeAuqFsA6NcRFDWSjxO6R8LG5Y7o86js7MKAmmrWZ4a7EOmy3orz_zhIGQTeWZUEuxN3nu_5CnhsJmxyJezQr9R5eTUhQtImcECx8JVy57J-hZpincZhgdp_8WqeaMLwnRB2IVGq5c/s640/blogger-image-1756087408.jpg" /></a></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-91191875897629930452012-05-18T06:41:00.001-07:002015-07-16T10:43:48.629-07:00That's me!!!<div class="separator"style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho_wHlCH6MHTLpBu9d3y1Z6ouXGMIitn3P0V-qP0l7CDATGZSMIyFhmQE5QPd7fW88CQJfV2vu_4fmqwYXdWaRm8EbpbxsGA0h293qDY76hda_3ZV-mKu5TI9_RPau1UTOHzuQH6jBc2E/s640/blogger-image--861722412.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho_wHlCH6MHTLpBu9d3y1Z6ouXGMIitn3P0V-qP0l7CDATGZSMIyFhmQE5QPd7fW88CQJfV2vu_4fmqwYXdWaRm8EbpbxsGA0h293qDY76hda_3ZV-mKu5TI9_RPau1UTOHzuQH6jBc2E/s640/blogger-image--861722412.jpg" /></a></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-18216758006263634482012-04-09T20:19:00.001-07:002012-04-09T20:21:46.169-07:00Prometo em breve voltar a postar, juro mesmo! Tudo anda corrido desde há um ano, mas vou voltar a essa tarefa que me impus (por prazer!). Agradeço a quem aguardar!!!Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-77417770461346298582011-03-28T16:39:00.000-07:002011-03-28T16:52:27.551-07:00Hereges, de Chesterton, em português.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0M9f1408zHcMsDvdaRENZJnZvgPCPkMaxAieMosUcBxURUqDiPSPDcjBU5X6qvAtHo3t0JXFRJkSchJ-NKgACMagYbleIaVTaIaUojARQY15WUfLEts8E37rTGxCH6tFYeJJbWkDfLTA/s1600/Palestra-Lancamento-Hereges-01-VF.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 144px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0M9f1408zHcMsDvdaRENZJnZvgPCPkMaxAieMosUcBxURUqDiPSPDcjBU5X6qvAtHo3t0JXFRJkSchJ-NKgACMagYbleIaVTaIaUojARQY15WUfLEts8E37rTGxCH6tFYeJJbWkDfLTA/s200/Palestra-Lancamento-Hereges-01-VF.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589280265590507250" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Será lançado em português o livro Hereges, de G. K. Chesterton, pela Editora Ecclesiae.</div><div><br /></div><div>Mais informações em: <a href="http://www.ecclesiae.com.br/Apolog%C3%A9tica/Hereges/flypage.tpl.html">http://www.ecclesiae.com.br/Apolog%C3%A9tica/Hereges/flypage.tpl.html</a></div><div><br /></div><div>Eis a descrição do livro no <i>site</i> da editora:</div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><strong style="color: rgb(72, 78, 70); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; ">Descrição: </strong><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Hereges é uma obra em que G.K. Chesterton (1874–1936) esboça a própria filosofia ao identificar os pontos fracos nas filosofias de seus contemporâneos. Um “herege”, explica, é “um homem cuja visão das coisas tem a audácia de diferir da minha”. Sua crítica não se limita à análise de autores específicos. Tem um sentido mais geral. Partindo da análise dos erros de um conjunto heterogêneo de escritores modernos, explica o que considera estar errado com o pensamento do mundo moderno. Publicado em 1905, Hereges abre caminho para Ortodoxia, que surge três anos depois. Ortodoxia apresenta a filosofia de Chesterton no que chama de “conjunto de imagens mentais”. Hereges traz um relato mais analítico das filosofias dos escritores de seu tempo. Isso foi algo provocador. Na biografia de Chesterton, Maisie Ward (1889–1975) comenta sobre a animosidade com que o livro foi recebido. Críticos que tinham boas coisas a dizer sobre os escritos anteriores de Chesterton a respeito de Robert Browning (1812–1889) ou Charles Dickens (1812–1870) ficaram irritados ao perceber que ele voltara a atenção crítica para o que considerava “erros dos autores contemporâneos”.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify; color: rgb(72, 78, 70); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; ">A ideia central da filosofia chestertoniana está na importância do dogma. Numa era que celebrava o irracionalismo, Chesterton defendeu a razão. Ademais, insistiu que havia uma estreita ligação entre razão e religião. Como observou no capítulo final do livro, as verdades contestadas se transformam em dogmas. Por este ponto de vista, cada pensador é o fundador de um sistema filosófico que pode ser descrito como uma igreja. É por isso que num livro dedicado aos contemporâneos, Chesterton parece demonstrar pouco interesse nos traços pessoais ou nas fraquezas. Para ele, cada escritor era mais bem compreendido pelo exame do que chamava de “visão geral da existência” e, portanto, neste livro, um grupo de pensadores que quase não tinha interesse na religião formal é revelado como inconscientemente religioso.</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><br /></span></span></div><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Desejo que esta primeira tradução de Hereges para a língua portuguesa complemente e aprofunde a compreensão do universo sacramental deste grande autor católico.</span></span><br /><br /><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Ian Boyd, C.S.B.</span></span><br /><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">* Presidente do G.K. Chesterton</span></span><br /><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">* Institute for Faith and Culture</span></span><br /><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">* Editor da The Chesterton Review</span></span></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-88177573425636317572011-03-25T20:43:00.000-07:002011-03-29T16:23:02.011-07:00A idéia de universidade e as idéias das classes médias<div style="text-align: justify;">Publico abaixo um texto de Otto Maria Carpeaux que acho interessantíssimo:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jamais esquecerei o dia em que entrei pela primeira vez, com toda a ingenuidade dos meus dezoito anos, no solene recinto da Universidade da minha cidade natal. Um pórtico silencioso. Nas paredes viam-se os bustos dos professores que ali estudaram e ensinaram; no busto de um helenista lia-se a inscrição: "Ele acendeu e transmitiu a flâmula sagrada"; e no busto de um astrônomo: "O princípio que traz o seu nome ilumina-nos os espaços celestes." No meio do pátio, num pequeno jardim, sob o ameno sol de outono, erguia-se uma estátua de mulher nua, com olhos enigmáticos: a deusa da sabedoria. Silêncio. Não esquecerei nunca.</div><div style="text-align: justify;">A decepção foi muito grande. Via a biblioteca coberta de poeira, os auditórios barulhentos, estupidez e cinismo em cima e em baixo das cadeiras dos professores, exames fáceis e fraudulentos, brutalidades de bandos que gritavam os imbecis slogans políticos do dia, e que se chamavam "acadêmicos".</div><div style="text-align: justify;">A última vez que passei perto deste "templo das Musas", o edifício estava fechado; os estudantes haviam-se juntado a uma imensa manifestação popular. Sabia muito bem o que isso significava para mim: um adeus para sempre. Olhando pelas frestas das portas monumentais — estávamos na primavera — via sob a luz branda do sol os pórticos, as velhas pedras, o jardim, e a deusa nua, tendo nos lábios o sorriso enigmático da morte. E reconheci um fim definitivo.</div><div style="text-align: justify;">Por toda parte, as universidades são doentes, senão moribundas, e isto é grande coisa. Os iniciados bem sabem que não é esta uma questão para os pedagogos especializados. Das universidades depende a vida espiritual das nações. O fim das universidades seria um fim definitivo. O abismo entre o progresso material e a cultura espiritual aumenta de dia para dia, e as armas desse progresso nas mãos dos bárbaros é fato que clama aos céus. Os edifícios das universidades resistem ainda, e neles trabalha-se muito, demais, às vezes, mas o edifício do espírito, esta catedral invisível, está ameaçado de cair em ruínas. Em tempos mais felizes a sueca Ellen Key dizia com sutileza: "Cultura é o que nos resta depois de termos esquecido tudo quanto aprendemos." E, deste modo, somos riquíssimos de saber e mendigos de cultura. Hoje em dia Herbert George Wells pode dizer: "We are entered in a race between education and catastrophe." "Entramos numa corrida entre educação e catástrofe." Aí está a questão da Universidade.</div><div style="text-align: justify;">Quem é o culpado? Evidentemente, é inadmissível simplificar uma discussão de tal envergadura. Acusa-se o Estado por ter-se intrometido, e acusa-se o Estado por não se intrometer. Acusam-se os professores por mergulharem nos ensinos profissionais e descuidarem-se da ciência desinteressada, e acusam-se os professores por mergulharem na ciência pura sem saberem ensinar. Aqui, queixam-se de as universidades não fornecerem elites, de que a nação tem necessidade; ali, queixam-se de que as universidades fornecem elites demais, um proletariado intelectual. Abundam os remédios propostos. Desejam salvar as universidades pela separação entre as instituições puramente científicas e os institutos de ensino, o que agravaria o problema em vez de o resolver: a ciência seria, assim, afastada da vida, e o ensino entregue à rotina. Falham, igualmente, as tentativas mais bem pensadas de curar a doença infundindo uma nova crença ou uma velha fé: teremos os mesmos estudantes, os mesmos bacharéis, os mesmos doutores que antes, e as suas boas crenças não resolverão a doença da Universidade. Porque não cabe à Universidade formar crentes nem sequer sugerir convicções, mas dar ao estudante capacidade para escolher a sua convicção. Já abundam os homens cegamente convictos, muito "práticos", "úteis" para os serviços do Estado, da Igreja, dos partidos e das empresas comerciais. Pode ser que todas essas instituições lamentem, em breve, a abundância de homens convictos e a falta de homens livres. Então, acusar-se-á amargamente o utilitarismo das universidades modernas. O utilitarismo é o inimigo mortal da Universidade.</div><div style="text-align: justify;">Mas o que quer dizer "prático", "útil"? A resposta não é tão simples. Por felicidade os poderosos deste mundo introduziram um novo ponto de vista, ao qual julgo que devemos algumas perspectivas novas.</div><div style="text-align: justify;">Para a mentalidade média do nosso tempo a utilidade das ciências é determinada segundo as aplicações práticas: a física e a química, que nos forneceram a luz elétrica e os gases asfixiantes, são as ciências úteis; a história e a filosofia, que não nos fornecem nada, são ciências "inúteis". Apelo desta sentença para a sabedoria de certos homens práticos, que disso entendem muito bem. Certos regimes, ditos totalitários, acharam indispensável regular pela força o estudo das ciências, cujas conseqüências práticas poderiam abalar estes regimes. Ora, que vemos nós, com surpresa? Estes regimes não se ocupam, absolutamente, com as ciências "práticas", a física e a química, que continuam bem tranqüilas. Mas as ciências totalmente inúteis, a história, a filosofia, os estudos literários, são justamente as favoritas dos regimes totalitários, que as abraçam até sufocá-las. É digno de nota.</div><div style="text-align: justify;">Mas o que é ainda mais notável é uma certa coincidência.</div><div style="text-align: justify;">Sabemos que a Universidade, Universitas Litterarum, é uma criação da Idade Média. Ora, os ditos regimes não se ocupam com as ciências naturais, que a Idade Média conhecia pouco, e que se juntaram mais tarde à Universidade. Tratam somente das "velhas" ciências, das Litterae, que na Idade Média já eram conhecidas, e que formam a verdadeira alma da Universidade. Está claro. Foram justamente estas Litterae que formaram os caracteres das nações; e aquele que desejar transformar uma nação deverá transformá-las integralmente. Eles sabem o que é uma universidade.</div><div style="text-align: justify;">A história das universidades é a história espiritual das nações. A França medieval é a Sorbonne, cujo enfraquecimento coincide com a fundação renascentista do Collège de France, e cujo prolongamento moderno é a Ecole Normale Supérieure. A Inglaterra, mais conservadora, é sempre Oxford e Cambridge. A Alemanha luterana é Wittemberg e Iena; a Alemanha moderna é Bonn e Berlim. As velhas universidades são de utilidade muito reduzida. Elas não fornecem homens práticos; formam o tipo ideal da nação: o lettré, o gentleman, o Gebildeter. Elas formam os homens que substituem, nos tempos modernos, o clero das universidades medievais. Elas formam os clercs.</div><div style="text-align: justify;">As universidades americanas têm a mesma origem. As velhas universidades da América Latina — Lima, México, Bogotá, Córdova — são fundações da Coroa de Espanha; mas foram, desde o início, confiadas aos frades, e já a primeira cédula de fundação, a ordem real do imperador Carlos V, de 21 de setembro de 1551, dá claramente a entender o sentimento da responsabilidade perante o espírito, o</div><div style="text-align: justify;">espírito desinteressado da Universidade medieval: "Para servir a Deus, Nosso Senhor, e ao bem público de nossos reinos, convém que nossos vassalos, súditos e naturais tenham Universidades e Estudos Gerais em que sejam instruídos e titulados em todas as ciências e faculdades, e pelo muito amor e vontade que temos de honrar e favorecer aos de Nossas Índias, e desterrar deles as trevas da ignorância, criamos, fundamos e constituímos na cidade de Lima dos reinos do Peru, e na cidade de México da Nova Espanha, Universidades e Estudos Gerais."</div><div style="text-align: justify;">Nada mais eloqüente, admirável, do que semelhantes termos haverem sido empregados quando os puritanos fundaram, em 1636, a primeira universidade da América inglesa, a de Harvard: "<i>After God had carried us safe to New England, and we builded our houses and settled the Civil Government; one of the next things we looked after was to advance Learning and perpetuate it to Posterity, dreading to leave an illiterate Ministery to the Churches, when our present Ministers shall lie in the dust.</i>" (New England’s First Fruits, 1643.) ("Depois que Deus nos tinha seguramente conduzido a Nova-Inglaterra, e que construímos as nossas casas e estabelecemos um governo civil, uma das nossas primeiras ocupações foi estimular o ensino e perpertuá-lo para a posteridade, com receio de deixar às igrejas um clero iletrado quando os nossos clérigos atuais jazerem em pó."</div><div style="text-align: justify;">O que resta destas Universitates Litterarum? O nome. Já não formam lettrés, nem gentlemen, nem Gebildeter; formam médicos, advogados, professores. As universidades tornaram-se lugares de investigações científicas; e é um romantismo utilitário que vem muni-las das asas do progresso. Não há mais "clercs", só há estudantes. Quem é o culpado? Ainda uma vez apelo para aqueles que disso entendem. Por toda parte onde há aqueles regimes os estudantes estão nas vanguardas da violência. Não é um acaso. Ouso responder: os estudantes são os culpados.</div><div style="text-align: justify;">Há duas espécies de estudantes: chamá-las-emos os "ricos" e os "pobres", sublinhando que há pobres entre os "ricos" e ricos entre os "pobres"; são apenas duas expressões cômodas para abraçar uma generalização inevitável. Os estudantes "pobres" são aqueles que estudam "para a manteiga e para o pão"; estudam para se assegurarem um melhor sucesso na luta pela vida. Seria cruel e estúpido censurá-los.</div><div style="text-align: justify;">Antes, devemos admirá-los, em virtude dos sacrifícios, muitas vezes imensos, feitos por eles e seus pais para melhorar um futuro incerto e tornar a existência mais digna. Todavia, importa não se dissimularem os graves inconvenientes. Estudantes "pobres", há muitos deles: vivem embaraçados pela miséria, pelas ocupações acessórias para ganhar a vida; sobretudo têm pressa de terminar os estudos. Junte-se a isto a benevolência, plenamente justificável, que os examinadores lhes devem como recompensa dos seus esforços. Em suma, o nível baixa sensivelmente. O nível baixa, dizemos, até o nível dos estudantes "ricos". São estes os que têm necessidade de um grau acadêmico, porque o pai tem um, porque isto dá certa consideração na sociedade ou para adornar fortuna um pouco recente. Entre os estudantes "ricos" existem os pobres que desejam manter penosamente o standard de uma família em decadência, o que é, aliás, muito louvável. Existem outros verdadeiramente ricos, que não têm necessidade de estudar, mas que através dos estudos testemunham grande respeito às ciências; e estas, por sua vez, precisam deles, para subsistir materialmente. Em todo caso, os seus estudos não são de necessidade absoluta; eles não estudam mais do que o necessário, o indispensável para passar nos exames; os esforços ulteriores parecem-lhes ridículos. E são eles que, pela sua situação social, determinam o nível geral. E esse nível é a morte da Universidade.</div><div style="text-align: justify;">Queixam-se de que as universidades já não fornecem elites. Sim, mas em compensação fornecem verdadeiras massas, porque as ciências modernas e suas investigações têm menos necessidade de cérebros que de batalhões de estudantes; e para isto eles satisfazem. A inteligência que é precisa para estudar uma profissão, mesmo acadêmica, não é tão grande como os leigos imaginam. Há vários séculos um sábio inglês, o cônego dr. Copleston, fellow do Ariel College, em Oxford, predizia:</div><div style="text-align: justify;">"Ainda que a ciência seja favorecida por essas concentrações de inteligência a seu serviço, os homens que se encerram nas especializações têm a inteligência em regresso." (Citado pelo cardeal Newman, The idea of a university, p. 72). É o regredir de uma elite à condição de massa ornada de títulos acadêmicos.</div><div style="text-align: justify;">É preciso que se digam, aqui, algumas verdades muito impopulares e muito desagradáveis. Existe Inteligência e existem "intelectuais". Intelectuais são os médicos, os advogados, os funcionários superiores de toda espécie, os especialistas científicos de toda sorte. Mas deve-se dizer que somente uma parte desses "intelectuais" pertence à Inteligência, que é, por seu lado, o resto dos "clercs", da elite de outrora. Sejamos sinceros: podemos ser bom médico, bom advogado, bom professor, e ter o espírito preso aos limites da profissão; e sabemos que o grau acadêmico nem sequer é sempre a garantia de boas qualidades profissionais. Mas ele confere sempre uma autoridade social. José Ortega y Gasset caracterizou essa nova espécie de intelectuais, violentamente, mas sinceramente: "Nuevo bárbaro, retrasado com respecto a su época, arcaico y primitivo en comparación con la terrible actualidad de sus problemas. Este nuevo bárbaro es principalmente el profesional más sabio que nunca, pero más inculto también — el ingeniero, el médico, el abogado, el científico." (Misión de la Universidad, Obras, p. 1289).</div><div style="text-align: justify;">O fato central da nossa época é a violência generalizada a todos os setores da vida pública, a violência que pretende substituir o espírito no seu papel guiador das massas. Dessas massas que os pensadores políticos muitas vezes confundem com o proletariado econômico. Sim, mas o espírito proletário, o espírito da reação violenta contra certas condições econômicas e sociais, não está exclusivamente ligado às massas obreiras; participam dele todas as "massas", como fenômenos sociológicos, e a massa dos intelectuais também. É o fato central da nossa época: as classes médias, mesmo antes de serem proletarizadas, mesmo justamente para evitar a ameaça da proletarização, transformam-se em massas proletárias. E esta proletarização interior é um fenômeno da educação. Chama-se "classes médias" o problema central da nossa época. O livro mais bem documentado que conheço sobre o fascismo, Fascisme et grand capital, de Daniel Guérin, apresenta a tese de que o fascismo é a última expressão do grande capitalismo. Tese errônea. Provando irrefutavelmente que o grande capital se serviu do fascismo para bater o movimento trabalhista, Guérin esquece-se de concluir que o instrumento se mostrou, enfim, mais forte do que o mestre, e que os operários e os capitalistas perderam, juntos, a liberdade de movimento, pela ação deste inimigo de ambos — as classes médias. Fato fundamental do nosso tempo: o fascismo propaga-se e vence através das classes médias, das quais é a expressão triunfal.</div><div style="text-align: justify;">O fascismo foi impossível na Rússia. É também um fato fundamental que a Rússia não conheceu, não teve uma classe média. Ora, seguindo a corrente da época, o bolchevismo criou uma classe média. A burocracia soviética, os stakhanovistas e outras camadas privilegiadas do operariado, não são outra coisa senão uma nova classe média. Considerando, nos outros países, a ascensão de camadas igualmente novas, que o século XIX ainda não conhecia, verdadeiros exércitos de empregados privados, de funcionários públicos, de pequenos empresários, todos formados num regime de ensino secundário ou superior muito facilitado, essas massas de homens, todos mais ou menos educados, essas multidões de "pequenos intelectuais"; considerando essas multidões de homens novos, nem capitalistas nem trabalhistas, que Karl Marx não podia prever, deve-se precisar o pensamento: o fascismo e o bolchevismo têm o lado comum de serem expressões das novas classes médias. E a ideologia que</div><div style="text-align: justify;">permite explicar o espírito das novas classes médias é a ideologia pequeno-burguesa, violentamente revolucionária e anti-intelectualista.</div><div style="text-align: justify;">Explica-se, por isso, que Georges Sorel, o pai espiritual comum do fascismo e do bolchevismo, Georges Sorel, o ideólogo da violência, seja um homem profundamente pequeno-burguês, representante típico das classes médias francesas, preocupado com a decadência das "autoridades sociais", que ele concebeu fielmente no espírito conservador de Le Play; preocupado, enfim, com a decadência vital da raça latina, pela qual ele responsabiliza violentamente a Inteligência; ao espírito ele prefere a vitalização pelos instintos bárbaros da massa. </div><div style="text-align: justify;">Fica-se a admirar que Sorel fale em decadência, na França dos Taine e Bergson, dos Flaubert e Proust, dos Mallarmé e Claudel, dos Degas e Cézanne, dos Rodin e Debussy, dos Pasteur e Henri Poincaré, numa das épocas mais magníficas do espírito francês. Mas é por isso mesmo. Sorel é violentamente anti-intelectualista. Vê no espírito e suas obras o grande obstáculo da volta ao primitivo. Neste ponto, Sorel parece sobretudo "moderno", contemporâneo de nós outros. É a hostilidade ao espírito que liga Sorel diretamente às novas classes médias.</div><div style="text-align: justify;">No pensador revolucionário Sorel não se viu o conservador, o representante das classes médias. O mal-entendido correspondente não viu nas novas classes médias as possibilidades revolucionárias. Durante um século, o século XIX, esqueceu-se que a classe média fizera a Grande Revolução. Via-se na classe média a classe essencialmente conservadora, a portadora mesma das tradições humanísticas, e ela o era enquanto os princípios consolidados da Revolução Francesa abrigavam a classe média contra as ameaças do grande capitalismo e do movimento socialista. Isto, porém, acabou. Chegou o dia de uma nova classe média, pronta a vencer por uma nova revolução violenta ou, como na Rússia, triunfar contra um regime obsoleto. Foi Sorel quem emprestou às novas classes médias a ideologia revolucionária.</div><div style="text-align: justify;">Poder-se-ia acreditar que os grandes obstáculos dessa revolução fossem os capitalistas e os trabalhadores, ou, na Rússia, um regime milenário e eclesiasticamente consolidado. Engano. Vimos a fraqueza incrível do regime tzarista, a derrota fácil dos socialistas, o suicídio dos capitalistas. O verdadeiro obstáculo — e Sorel o previra bem — era a Inteligência. É ela que merece as diatribes mais cruéis dos chefes e dos caudilhos. Para a vitória final, precisa-se acabar com a Inteligência.</div><div style="text-align: justify;">Como? Não é a classe média o principal agente dos movimentos espirituais? Sim, é, ou, melhor, foi. O século XIX, o século liberal, abre a todos todas as possibilidades. A educação superior é o caminho da ascensão. A preeminência da classe média no século XIX baseia-se na sua cultura universitária. Mas o século XX acaba com isso. O grande capitalismo precisa mais de exércitos de pequenos empregados do que de self-made men; as profissões liberais estão superlotadas; o movimento socialista repele os que resistem à proletarização e suas humilhações e privações. Privada dos privilégios da Inteligência, a classe média quebra furiosamente o instrumento, como uma criança quebra o brinquedo insubmisso. É uma criança, essa nova classe média; mas uma criança perigosa, cheia dos ressentimentos dos déclassés, furiosa contra os livros que já não sabe ler e cujas lições já não garantem a ascensão social. Está madura para a violência.</div><div style="text-align: justify;">A violência é o fenômeno "espiritual" central das novas classes médias e da nossa época; significa a determinação de empregar todas as armas, todas as que o esforço do espírito criou, para conseguir um fim material: a salvação social da classe. Não se admitem outros fins. Ridiculizam ou anatematizam todos os esforços independentes, desinteressados, do espírito. Admiram a especialização útil do "intelectual de profissão", e banem o humanismo do "professor". A violência anti-intelectualista das novas classes médias é, afinal, uma falta de educação, ou, antes, o fruto de uma falsa educação. Fruto da falsa idéia que as classes médias formavam da Universidade: da nova Universidade, que fornece exércitos de médicos, advogados e técnicos, em vez de "clercs", de uma elite. </div><div style="text-align: justify;">O problema capital do nosso tempo, o problema da elite, é, no fim das contas, um problema de pedagogia humanística. Existe mesmo, hoje, política que consiste na exterminação das elites pelas armas dos especialistas. E foi bem preparada: da diminuição das lições latinas, existe apenas um passo para a destruição dos livros e dos museus. O resultado mais freqüente da moderna educação universitária é um decidido adeus aos livros. Mais tarde, combaterão as "línguas mortas" na escola. Enfim, declararão inútil todo o ensino secundário, com as suas idéias vagas e inúteis duma "cultura geral"; talvez toquem, com isso, no ponto nevrálgico da discussão. Todo o problema espiritual dos nossos dias é, pois, um problema de falta de educação humanística, um problema pedagógico; e todo o problema pedagógico dos nossos dias é um problema da escola específica das classes médias, da escola secundária.</div><div style="text-align: justify;">Segundo o regime escolar vigente em todos os países, sem exceção, a Universidade dedica-se ao ensino profissional superior, enquanto a "cultura geral" fica reservada ao ensino secundário, aos ginásios e aos liceus. Quer dizer: o ensino da cultura geral limita-se aos jovens de dez a dezoito anos. Depois, a "cultura" termina, e a medicina e a jurisprudência começam, sem nenhuma "cultura geral". Os conhecimentos do ensino secundário empalidecem, naturalmente, com o tempo; mas ainda há coisa pior: todo esse ensino de "cultura geral" é feito ao alcance de jovens de dez a dezoito anos: a história, a filosofia, a literatura, amoldadas ad usum Delphini, e forçosamente puerilizadas.</div><div style="text-align: justify;">E aí fica. Nunca mais o jovem médico ou engenheiro ouve falar em história, filosofia, literatura, exceto pela imprensa ou pelo rádio, que se colocam ao alcance do espírito das grandes massas, pueris por natureza. Resultado: um espírito artificialmente preservado no estado pueril com uma formação profissional superposta. Conheço bem as numerosas exceções que felizmente existem. Mas, em geral, estas massas graduadas se distinguem dos iletrados somente por uma autoridade profissional que as torna menos úteis que perigosas. Ainda uma vez cito Ortega y Gasset: "<i>La peculiarísima brutalidad y la agresiva estupidez con que se comporta un hombre, cuando sabe mucho de una cosa y ignora de raiz todas las demás</i>" (O. c., p. 1291).</div><div style="text-align: justify;">Eles, porém, os iletrados, têm sempre razão, porque são muitos e ocupam um lugar de elite, esse "proletariado intelectual", sem dinheiro ou com ele, isso não importa. Julgam tudo, e tudo deles depende. Lêem os livros e decidem sobre os sucessos de livraria, criticam os quadros e as exposições, aplaudem e vaiam no teatro e nos concertos, dirigem as correntes das idéias políticas, e tudo isto com a autoridade que o grau acadêmico lhes confere. Em suma, desempenham o papel de elite. São os nouveaux maîtres, os señoritos arrogantes, graduados e violentos; e nós sofremos as conseqüências, amargamente, cruelmente. "<i>We are entered in a race between education and catastrophe</i>."</div><div style="text-align: justify;">Wells tem muita razão. Mas é de grande importância datar a desgraça.</div><div style="text-align: justify;">Esta catástrofe irrompeu sob o signo do progresso, e o progresso ilimitado, muito do gosto de um Wells, cavará mais profundamente o abismo. O verdadeiro caminho é a volta.</div><div style="text-align: justify;">Temos mais uma vez "a disputa do medievalismo". Uma coisa fica, porém: a Universidade é uma criação da Idade Média. Todas as universidades medievais são, por princípio, instituições "clericais": elas formam os "clercs". O restabelecimento das universidades "clericais" é uma restauração de tradições.</div><div style="text-align: justify;">Quatro ou cinco faculdades reunidas não constituem ainda uma universidade. Elas não criam esta "<i>convivence of sciences, which forms a philosophical habit of mind</i>", de que fala o cardeal Newman. Não se trata destas ciências ou daquelas profissões. Trata-se do espírito comum que as anima, do espírito filosófico, anti-utilitário, desinteressado, que as nossas universidades perderam, e que é a própria Idéia de Universidade. Derrubemos, pois, este estado de coisas.</div><div style="text-align: justify;">É ao ensino secundário que cabe o preparo do ensino profissional, dispensado nos hospitais e na magistratura. Em conclusão, é à Universidade que incumbe a formação do espírito da "clericatura".</div><div style="text-align: justify;">Voltemos aos estudantes: o seu utilitarismo, mais perigoso que o das ciências, perdurará enquanto a freqüência das universidades for a chave para as posições de mando na sociedade. Verdadeiramente, o oposto deste utilitarismo é o desinteresse, no qual Newman via o espírito e a idéia de universidade, o espírito do clero universitário medieval que se sentia independente do mundo e somente responsável perante Deus. Sem tais padres o altar fica vazio e o culto abandonado. </div><div style="text-align: justify;">Poderia chegar o dia em que ninguém compreenderia mais as fórmulas nem os poemas, em que os quadros de Rembrandt seriam pedaços de tela e as partituras de Beethoven farrapos de papel; dia da barbaria, em que a história humana se transformaria, pela sucessão de desgraças, num formigueiro mal organizado. E este dia talvez já esteja mais próximo do que realmente pensamos. "Somos a última reserva, fiquemos conscientes disto." — dizia Hugo Ball. Fiquemos conscientes, "<i>dreading to leave an illiterate Ministery to the Churches, when our present Ministers shall lie in the dust</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-78613356092204548512011-03-25T20:32:00.000-07:002011-03-25T20:41:43.931-07:00Piscina no CampusFugindo um pouco dos temas a que me propus, olhem que ótimo exemplo:<div><br /><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgR4Ft1AgYPbucAKW0VC7sXkI4xi7wCrkah2sYgM9rsIAGt1GASXOTA13LcKFZ-g-pB9Z4wpwHdd_IJ3-ES03wLnxJ-s9jlNWUfycjooebEPyQ2rj557n1qr7_RfDnIzky-oQz1GBdhpM/s200/pqagronomia1.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5588227829550684322" /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><a href="http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4795">http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4795</a></div><div><br /></div><div>Resumindo: uns estudantes resolveram colocar uma piscina de plástico no meio de um dos principais prédios da UnB, numa quinta-feira à tarde. E um deles tem um argumento forte: “Tem gente que anda pelada por aqui. Por que não montar uma piscina?” </div></div></div><div><br /></div><div>A que ponto chegamos...</div><div></div></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-45329601027506430352011-03-20T09:08:00.000-07:002011-03-20T09:28:30.129-07:001984<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQEoZOo1SoyWIQJtRobCgNDTXs72QKhywPXW-MPxTYTas5oqHrBiIqdN7X1JsrY9mUQ4KEGuQcg-feCjqlqxEztHiJ7eGpU0OC7LcPrrsFcXqZ34ZGXaxBBt4nGkJ5gRHQcmdZS5RpDYc/s1600/Nineteen_Eighty_Four.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 367px; height: 271px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQEoZOo1SoyWIQJtRobCgNDTXs72QKhywPXW-MPxTYTas5oqHrBiIqdN7X1JsrY9mUQ4KEGuQcg-feCjqlqxEztHiJ7eGpU0OC7LcPrrsFcXqZ34ZGXaxBBt4nGkJ5gRHQcmdZS5RpDYc/s200/Nineteen_Eighty_Four.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5586195454254672802" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Ontem coloquei duas citações de George Orwell por aqui. Por coincidência, logo depois, liguei a TV e estava passando a adaptação do filme. Foi rodado no próprio ano de 1984 e a cena em que Winston escreve no seu diário foi rodada no dia exato, 04/04/1984. Muitas falas são tiradas diretamente do livro (<span style="font-style: italic;">freedom is freedom to say that 2+2=4; under the chestnut tree I sold you and you sold me</span>), que por sinal já li quatro vezes. Interessante também foi ver numa cena a Battersea Power Station, pelo qual passei várias vezes de trem quando estive em Londres em 2009.<br />Mas, voltando ao filme e livro, o <span style="font-style: italic;">doublespeak </span>parece ter previsto o politicamente correto, essa mania boba de se referir a certas coisas ou pessoas por meio de eufemismos ridículos, de que tanto gostam certos militantes...<br />Bom, recomendo o filme e, principalmente o livro.<br /><br /><br /><br /></div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-61676183860225032272011-03-19T07:52:00.000-07:002011-03-19T08:15:07.590-07:00Mussolini socialista?<div style="text-align: justify;">Esses dias estava conversando sobre a visita do Baracobama ao Brazil e a conversa acabou no tema esquerda-direita. Depois que eu apontei semelhanças entre o fascismo e o socialismo, dissendo inclusive que o <span style="font-style: italic;">duce </span>Mussolini tinha sido socialista e redator do principal jornal do Partido Socialista italiano, parecia que eu tinha dito que a Terra era quadrada e que 2+2=5.<br />Bom, então, para quem não sabe, o ditador italiano foi membro do PSI até 1914 e editor do jornal <span style="font-style: italic;">Avanti!</span>, periódico do partido. Foi expulso de ambos ao defender a participação da Itália na Primeira Guerra. Achei até esse pedaço do jornaleco, pouco antes da expulsão:<br /></div><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.racine.ra.it/orione39/alfonsine/Alfonsine/immagini/settimana/avanti-mussolini-1914.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 298px; height: 407px;" src="http://www.racine.ra.it/orione39/alfonsine/Alfonsine/immagini/settimana/avanti-mussolini-1914.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><br /><br />Fundou logo em seguida o jornal <i>Il Popolo d'Itália</i> e o <span style="font-style: italic;">Fasci d'Azione Rivoluzionaria, </span>que deram origem ao partido fascista.</div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-87465120754167590722011-03-19T06:53:00.001-07:002011-03-19T06:54:16.430-07:00Obama no Brasil<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPkXbt1ThZPparlCtK6Pq-Np2zquDwwzCbR7ughrfpMa51AGZTOCtIu5Y3hfvFQBm2Mf2Wllcus_6O0HkPf_-mXebINjXoWHGkRUvJqDCTi0hk_vevhkifI8EOdIfVA_Kw_bKoAVhiO0/s1600/obama_borat_parody.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 184px; height: 274px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPkXbt1ThZPparlCtK6Pq-Np2zquDwwzCbR7ughrfpMa51AGZTOCtIu5Y3hfvFQBm2Mf2Wllcus_6O0HkPf_-mXebINjXoWHGkRUvJqDCTi0hk_vevhkifI8EOdIfVA_Kw_bKoAVhiO0/s200/obama_borat_parody.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585788912694505522" border="0" /></a>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-6439509724610947222011-03-18T21:27:00.000-07:002011-03-18T21:28:16.797-07:00Para pensar II<div id="quote" style="font-family: times; font-style: italic;"> Entrepreneurs and their small enterprises are responsible for almost all the economic growth in the United States.-Ronald Reagan. </div>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-26312425915512718802011-03-18T20:29:00.002-07:002011-03-18T21:27:24.135-07:00Para pensar...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/GeoreOrwell.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 143px; height: 199px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/GeoreOrwell.jpg" alt="" border="0" /></a><br />"In a time of universal deceit, telling the truth is a revolutionary act."<br /><br />George OrwellMarcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-12726215027437400082011-03-18T20:29:00.001-07:002011-03-18T20:29:15.423-07:00A people free to choose will always choose peace.-Ronald Reagan.Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-61679126773775602862011-03-18T20:05:00.000-07:002011-03-18T20:12:26.474-07:00Como gerar tráfego no blog<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.tiagodoria.ig.com.br/wp-content/uploads/2009/10/trafego_03.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 464px; height: 426px;" src="http://www.tiagodoria.ig.com.br/wp-content/uploads/2009/10/trafego_03.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Acho que todo blogueiro iniciante tem como principal dúvida gerar tráfego no blog, ou seja, ser lido.<br />Bom, no meu caso, pretendo atrair publicando posts interessantes e trazer informações que não costumam aparecer facilmente naquilo que os esquerdistas (argh!!!) chamam de mídia, isto é, TV, rádio, jornais, revistas, etc. Pretensioso, não?<br /><br />Espero ser útil a meus (provavelmente pouquíssimos) leitores.Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-81012226321960904732011-03-18T19:45:00.000-07:002011-03-18T19:45:18.265-07:00Afif, no novo partido, é quem está encarregado de redigir seu ideário<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/afif-no-novo-partido-e-quem-esta-encarregado-de-redigir-seu-ideario/">Afif, no novo partido, é quem está encarregado de redigir seu ideário</a>Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-84842412792220245072011-03-18T19:29:00.000-07:002011-03-18T19:31:27.863-07:00How to generate traffic to my blog? Who knows...Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-37438964923889553132011-03-18T19:04:00.000-07:002011-03-18T19:04:47.592-07:00Blog do Ico: GANBATTE KUDASAI!<a href="http://blog-do-ico.blogspot.com/2011/03/ganbatte-kudasai.html?spref=bl">Blog do Ico: GANBATTE KUDASAI!</a>: "Há dias ficamos boquiabertos com as imagens que chegam do Japão. Terremoto, Tsunami, vazamento radiativo: uma inacraditável sucessão de acon..."Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-47998477157511796842011-03-18T18:59:00.000-07:002011-03-18T19:00:11.029-07:00Dando uma forcinha pro mano:<br /><br />http://www.studioart.com.br/Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-13220696955750921602011-03-18T18:38:00.000-07:002011-03-18T18:41:40.471-07:00Para começar, uma efeméride: há oito anos, começava a invasão/ocupação do Iraque, que levou à queda do ditador Saddam Hussein, que o inferno o tenha.Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-73264612967828819672011-03-18T18:31:00.000-07:002011-03-18T21:31:38.209-07:00Blogs que leio:http://www.thyselfolord.blogspot.com/<br /><br />Excelente blog sobre Política Internacional, do meu grande amigo Pedro Erik!Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-82846256437920990752011-03-18T18:30:00.001-07:002011-03-18T18:31:02.024-07:00Bom, ainda estou começando a usar o blogger, então paciência!Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1528620465047097364.post-63142144183300520352011-03-16T20:17:00.001-07:002011-03-16T20:17:54.476-07:00Olá a todos!Marcelo Ribashttp://www.blogger.com/profile/16357609628239552474noreply@blogger.com0